Verdade seja dita a nossa vida é feita de memórias, e as de infância ficam para sempre. E para sempre terei na memória o Arroz de Coelho da "Senhô" Maria, a minha avozita, que desde 12.04 deste ano é mais um dos meus Anjos da Guarda...
Lembro-me de, muito pequena, andar com ela a apanhar erva para dar aos coelhos e, para uma miuda que cresceu em Lisboa, numa casa onde a fonte principal de vitamina D era a varanda, ir á terra da minha mãe e fazer coisas como estas era do mais fantástico que poderia haver.
A minha avó era uma pessoa muito genuína e simples e era com essa mesma simplicidade que ela fazia o tal Arroz de Coelho, como nunca mais irei comer e como nunca irei esquecer.
Por isso, para mim, comer Coelho é algo que me parece quase insípio, comparado com o que ela fazia.
A minha Mummy entretanto deu-me um coelhito (mais uma vez a Senhô Maria veio á baila) e em vez do Coelho Estufado no tacho, resolvi que se calhar no forno era uma boa forma de o fazer. Se tão depressa o pensei, mas depressa pesquisei e assim aqui está o nosso jantarinho deste sábado, quase Inverno, quase Natal, Natal em que a Senhô Maria, pela 1ª vez não estará presente de forma corpórea mas estará doutra forma, a olhar para os disparates que fazemos habitualmentel. Avó, esta é para ti....cheirava bem, não cheirava?
Ingredientes:
- 1 Coelho;
- 2 cebolas cortadas grosseiramente;
- 3 dentes de alho pisados;
- 1,5 dl de vinho branco;
- 1,5 dl de vinho tinto;
- 2 folhas de louro;
- 1 colher de sobremesa cheia de massa de pimentão ou colorau;
- 1 raminho de salsa;
- 1 dl de azeite;
- 1 colher de sopa de margarina;
- sal q.b.;
- pimenta ou piripiri q.b.;
- batatas q.b.;
- Óleo para fritar q.b..
2. Temperar com sal, alhos esmagados, pimenta ou piripiri, vinho branco e tinto, massa de pimentão ou colorau, folha de louro, a salsa e azeite.
3. Misturar tudo bem e, deixar marinar durante 3 horas.
4. Ponha depois o coelho num tabuleiro.
5. Por cima deite a marinada e espalhe pedaços de margarina.
6. Vai ao forno a 180º a assar; virar a carne de vez em quando.
Quando o Coelho estiver quase pronto, fritar as batatas e servir.
E foi este o nosso jantar de Sábado, aprovado e para repetir, apesar de não ser o Arroz de Coelho da "Senhô" Maria...beijo Vó...
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